sexta-feira, agosto 31, 2007

Funeral


Passo, compasso, passo
ritmo destroçado
do pulsante pulso
em cadente decadência.

Acompanham o féretro fétido
de um corpo sujo,
envolto na mortalha crua,
da carne putrefata.

Flores mortas, murchas, estragadas
enfeitam, em festiva tristeza,
tal procissão promíscua.

Vagabundos e putas, mal dormidos
bêbados inveterados, ébrios
os maus, em penitência
todos eles saúdam
à mim, a morte.


Escrito pelo Bêbado de Rayol, numa chuvosa tarde, em um beco escuro.

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A partir de amanhã, e em todos os sábados, estarei escrevendo um texto inédito no blog Livro Aberto. Prestigiem.

Leiam o blog Pseudo-Poemas. Leiam também o que publico no Cantábile. Em ambos estão os textos proibidos pela Bíblia e pelo Vaticano. E agora no Memórias Póstumas de um Puto Prestimoso.

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