terça-feira, julho 29, 2008


Sobre ti escrevo,
desenho letras, exponho angústias
serve-me de apoio, traça rumos, nortes.

Retidão é sua sina, não se desvia,
silenciosa desce os degraus,
no branco, ainda virgem.

És minha mestra, capataz,
a linha traçada, curta, no papel.

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quinta-feira, julho 24, 2008

Vala


Terra nua, fria,
recebe meu abraço,
o áspero toque do meu rosto,
torne cálido o repouso,
consuma minhas carnes, minhas entranhas,
roa-as,
deixe apenas ossos.

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quarta-feira, julho 23, 2008

(In)certeza


Brumas tão espessas,
debato-me insano, cego, morto,
ocasos, nasceres, chamas bloqueadas.

A cortina descerra-se, um átimo,
luz que aquece-me, bendita,
ressurreição.

Almas, corações, mentes, mãos,
únicos.

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terça-feira, julho 22, 2008

Mordaça


Em amordaçado silêncio,
recoberto pelas gotas ácidas da chuva,
derramadas do pranto profundo das nuvens negras.

Agonia e êxtase são companheiros,
de armas em riste,
lutaremos,
atolados no campo profano,
pelo cruento vento açoitados.

Dilaceram-nos os corações,
resta-nos apenas a dor,
das feridas incuráveis.

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segunda-feira, julho 21, 2008

Afiada


Vento gélido,
cortava minhas dores,
em finas fatias.


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Em tempo: Mais um episódio da saga dos mais famosos irmãos siameses da humanidade. Leiam AQUI.

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quarta-feira, julho 16, 2008

Sombras


Duro é o contato do metal
do leito que me acolhe,
na sarjeta em que me deito,
é fétido o poço que traga,
o regurgitar ácido, sanguinolento,
das estomacais pústulas supuradas.

São risadas que ouço,
o escárnio das putas, antes damas virtuosas,
é agora fel enjoativo, a antes saborosa bebida,
ferinas harpias me despedaçam.


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Mais de 3 horas, sem parar, para fazer algo que eu já devia ter tido vergonha na cara e ter feito há muito tempo: Atualizar os links dos meus blogs. Agora as listas do "Jus Indignatus", do "A Cor da Letra" e do "Memórias Póstumas de um Puto Prestimoso" estão em dia. Nem todos estão aqui, pois alguns adicionei ao reader há pouco tempo e costumo acompanhar antes de incluir oficialmente. De qualquer forma me avisem se não ver seu link.

Os links do "Juarez, o Cabrito Montês", do "Em Verdade Vos Digo" e do "A Casseta do Cabral" não costumo mesmo atualizar, se quiserem incluir seus links lá, me escrevam.

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terça-feira, julho 15, 2008

A saga

Leiam AQUI o segundo episódio da saga dos irmãos siameses, a verdadeira históriade famosos blogueiros conhecidos.

Em tempo: Continuo ferrado no trabalho, sem tempo de visitar e comentar, mas como podem ver para escrever bobagem tenho tempo de sobra.

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segunda-feira, julho 07, 2008

Não há princesas a salvar nos castelos de areia.

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sábado, julho 05, 2008

Fio da navalha

Praticara arduamente, dia e noite. Estava preparado. Os frios olhos, agora assassinos, fixavam sua vítima. Ao sacar da faca não haveria mais volta. Pronto, feito. O sushi fora mais fácil que pensara.

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quarta-feira, julho 02, 2008

Notícias

Causa-me certo espanto a fuga da inspiração. Procuro-a, angustiado, em cada recanto de minhas memórias, na brisa marinha, nos restos carcomidos dos portos, nem sempre seguros. Tateio, então.


Em tempo: Hoje comecei a saga dos irmãos siameses Rayol, Tita Coelho, daviD, Mônika, Alcinéa e Hank (este último sem autorização ehehehe). Leiam o primeiro capítulo de Ascaris AQUI.

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domingo, junho 29, 2008

Marinheiros


A nau corre com o vento,
mares tempestuosos, faina extenuante,
somos aventureiros insensatos,
Caronte é o capitão.

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sexta-feira, junho 27, 2008

Aviso relevante

Eu não morri, nem estou moribundo. Como os blogs não pagam minhas contas e entrei na fase do ano de muito trabalho estou realmente sem tempo para visitar e comentar tudo que leio no reader. Peço que entendam esse combalido blogueiro.




Comemoração após um treino com o mestre. Ele não me finalizou, o que já é uma grande vitória. :-)

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quarta-feira, junho 25, 2008

Isca


Atento espectador do abismo profundo,
hipnótico vórtice ilusório,
almiscarada armadilha, tentador engano,
desço ou jogo-me?

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terça-feira, junho 24, 2008

Covarde

Sonhava todas as noites com a liberdade. Ao acordar, exclamava em pensamentos:
-"Maldita, ainda vive".

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sábado, junho 21, 2008

Procissão


Indeciso, assisto a marcha,
as milhares almas penadas,
em silente arrasto, grilhões gementes,
rostos retorcidos,
esgares insanos, agônicas bocas,
mortas.

Decidido, entrego-lhes o único copo,
da doce água que tenho.


Por condições atmosféricas de temperatura e pressão fiquei fora do ar. Volto aos poucos e peço a compreensão.

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terça-feira, junho 17, 2008

Expiatório

O relógio na parede tiquetaqueia,
agarro-me ao arco,
do pêndulo rítmico,
não sou eu a flecha certeira
que na pedra se parte,
esfacelando meus punhos,
nas pontas das facas,
os punhais afiados.

Insisto na sobrevivência
do melhor, do capaz, do mal.

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domingo, junho 15, 2008

Fuga


Fujo das arraigadas convicções,
das tramas sem sentido,
do asco que provoco,
carne e ossos, apodrecidos

Fétido odor, meu corpo exala,
perfume para os abutres,
banquete de vermes.

Em chagas, meus pés vertem o sangue,
de minha vergonha.

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sexta-feira, junho 13, 2008

Profanos



Entorno longos tragos,
da redentora cachaça
ajoelho-me, em louvor,
ao sacro copo
a dose bem-vinda

Trôpego, caminho
em meio a multidão
bastardos, são todos
desprezam-me, evitam-me.

Um bafo fétido, exalo,
em fúria silenciosa
penso nas putas, as deles
as patricinhas safadas
demônios, santarronas
ocultas em asas de anjos.

Penso nas minhas putas,
estas sim, mulheres de verdade
amam meu infortúnio, minhas dívidas
meu sofrimento.

Somos iguais, eu e elas,
anjos, em pele de demônios.


Originalmente publicado no blog Pseudo-Poemas.

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quinta-feira, junho 12, 2008

Os livros do mago esotérico Heitor Caolho

Finalmente no prelo. Leiam AQUI a sinopse dos 12 livros do maior mago esotérico oportunista da atualidade, campeões de vendagem e ainda inéditos.

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segunda-feira, junho 09, 2008

Terror

Nasci dos abismos infernais. Vim à terra com a missão odiosa de te fazer sofrer. Irei enganá-la, iludi-la, com minhas mágicas palavras de carinho. Ardiloso irei te levar pelo paraíso, até encontrar a cruz em que te pregarei.

Meu esforço não terá sido em vão, se uma lágrima de seus olhos eu verter.


No negror da noite,
tomo do carvão cru, risco o chão,
escrevo, célere, às musas,
inocentes mulheres,
todas aquelas que enganei.

A alma, sempre torturada,
por lembranças,
ferida de morte, sangra.

As malditas lágrimas teimam,
queimam pendentes, flácidas,
da face massacrada.

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