segunda-feira, setembro 03, 2007

Matricômio


Lá vem ela, de branco
grinalda e flores,
caminha lenta, pausada,
mira vacilante o cadafalso,
engole suas súplicas,
sorri.

No alto do púlpito, patíbulo
aguardam seus algozes,
um, do golpe curto,
de livro em punho,
o outro, o torturador eterno,
sorriem.

O povo
testemunhas apadrinhadas
do ato obsceno,
a vingança, enfim,
aplaudem, imorais.

De branco virgem,
branco puta
vendida a preço módico
por todos nós.


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Aos sábados, estarei escrevendo um texto inédito no blog Livro Aberto. Prestigiem.

Leiam o blog Pseudo-Poemas. Leiam também o que publico no Cantábile. Em ambos estão os textos proibidos pela Bíblia e pelo Vaticano. E agora no Memórias Póstumas de um Puto Prestimoso.

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