quinta-feira, junho 05, 2008

Ao destino


Arvorou-se senhor, o odioso tempo
O meu coração doei-lhe, insensato,
Cortei-o aos pedaços, frígido pulso,
Tristes nacos sanguinolentos, inertes.

O passado finou, ao largo do porto,
Ao mar bravio atirei-me, resoluto,
Fujo, desesperado do seu açoite,
Em velho casco, frágil casca, caixão.

Eu, remador, não temo a dura faina,
Inverno se aproxima, inclemente,
Sinto-lhe o bafo gélido, úmido,
Liberdade que chega, doce afago.

A passo, entrego-me abertamente,
rumo ao destino sórdido, sozinho.


Tentativa meio doida de escrever bonito. Chamado de soneto inglês tem em Shakespeare seu principal representante. É composto de três quartetos e um dístico. No soneto, existe uma estrutura lógica com uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão, constituída pelo último terceto; esta última tomou o nome de "chave-de-ouro", porque se constitui como decodificadora do significado global do poema. No caso do soneto inglês o dístico é a chave. (fonte Wikipedia)

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