Sinais
Troam os trovões,
nos céus límpidos,
marulham as ondas,
nos plácidos mares,
uivam os ventos,
nas imóveis copas.
Lanço mão das amarras,
livro-me das âncoras,
a vela é meu leme,
sigo para a tempestade.
O mar, meu último refúgio.
Há tempos digo que o tempo é um senhor obscuro, cruel, exigente e teimoso. Ele espera que cada passo que damos seja carregado de subjetividades, dúvidas e cobranças. Sabe que uma mão estendida é o correto, mas somos corrigidos pela mediocridade humana. Fazemos nosso melhor e colhemos o pior. E o tempo passa e o mudar o estado das coisas bordeja o abismo inexorável no fim da trilha finita. Empurramos isso sim, uma carreira de pedras. Torcendo para que elas encham o fundo do poço e possamos atravessá-lo sem problemas. Ou que essas pedras caiam nas cabeças dos infernais habitantes das profundezas.
Em cada verdade dita há uma mentira escondida.
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