Velório
Como gato vadio,
do alto do muro assobio,
uma marcha fúnebre.
Meretrizes, cafetões e malandros,
o ferétro, cortejo honroso,
do ébrio poeta.
São sombras estas, que passam,
cheirando a cachaça,
vômito e fumaça.
Presto o último gesto,
ergo o cálice e disparo, certeiro,
a cusparada grossa.
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