Curvo-me, cansado,
sobre estacas carcomidas,
fustigado, sem piedade,
pelos abutres da memória.
Curvados ombros,
de poleiro, estão servidos,
lembranças, a pútrida carne,
deixo-os a devorar.
Instigo-os, amargo,
com a palma da mão,
sirvo o cruento manjar.
"Deliciem-se, malditos,
libertem-me".