Riso
Aqui estou, na sarjeta, onde me deixei cair. Ébrio, talvez um pouco mais do que o costume, envolvido pela poça de vômito quase seca. Entre as nuves etílicas lembro de nossa conversa, a última, antes de vê-la acompanhar mais um de seus clientes. Riu-se de mim, pena e escárnio. De nada adiantaram as súplicas, meus gestos de carinho, os presentes caros, a cachaça, as margaridas. Desdenhosa, foi abrir as pernas por uns trocados. Retirei-me, então, cambaleante, acompanhado de sua gargalhada. Amparado por suas amigas putas, que sorriam.
O porquê das putas rirem será sempre um mistério.
O porquê das putas rirem será sempre um mistério.
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